Quem já ouviu falar de um padre que virou banqueiro, criou o primeiro banco comunitário do Brasil, lutou contra o Banco Central, venceu a causa e hoje usa uma moeda própria em sua comunidade?
Esta história real, que parece até ficção, aconteceu na periferia de Fortaleza e começou nos anos 70, período de ditadura do Brasil, quando mexer com o governo era a perfeita tradução de mexer num vespeiro.
No final dos anos 70, Joaquim renuncia sua missão religiosa e torna-se um banqueiro. Baseado na vida real de João Joaquim de Melo Neto, o longa- metragem fala poeUcamente da vida desse homem que abdicou da Igreja em nome da luta contra a miséria.
Como diz o próprio Joaquim: “Este banco não nasceu em Harvard, na FGV ou na USP, nada contra esse povo todo. Mas nasceu nos grotões do nordeste do Brasil!”.

A vitória de Joaquim é saber que seu projeto, tornou-se algo muito maior, transformou-se na Rede Brasileira de Bancos Comunitários que, atualmente, inclui 52 bancos em todo o Brasil. Mas, mais do que isso, transformou pessoas e uma comunidade inteira desacreditada. E hoje, João Joaquim de Melo Neto, ou apenas Joaquim, dá palestras para engravatados na Harvard University extrapolando as fronteiras de um ex-padre sonhador.

JOAQUIM é uma história encantadora, bem humorada e a verdadeira tradução da capacidade de imaginação do povo brasileiro. Um personagem fascinante e peculiar, mas, acima de tudo, um personagem de carne e osso. Um homem simples que lutou contra o Banco Central do Brasil e conseguiu vencer, aprovando o uso de uma moeda própria, o Palmas. Hoje, quando alguém chega no conjunto Palmeiras pode ver as placas do comércio que dizem: “Aceita-se VISA, MASTERCARD e PALMAS”.